OS SENTIDOS FÍSICOS SE COMPLETAM


No começo, todo mundo entendeu. Nas salas de exibição do início do século passado as imagens animadas na tela, reproduzindo ambientes e pessoas reais, fizeram todos perderem a fala. A admiração era tanta que nem precisava ouvir o que os personagens diziam. A trilha sonora musical já era suficiente para chamar aquele milagre tecnológico de audiovisual.

Atualmente essa possibilidade é tão inaceitável que precisa até apelar para o resgate de relatos históricos. Nos dias de hoje, mesmo que o telespectador tenha alguma dificuldade para receber a parte audível da mensagem, uma alternativa tem que ser apresentada. O closed caption está incluindo no espaço televisivo milhões de telespectadores pelo mundo. No Brasil é um direito garantido a todo cidadão, pelo menos durante dois terços da programação diária das emissoras.

Por enquanto, a portaria 310 do Ministério das Comunicações exige que cada emissora garanta pelo menos 16 horas da grade com closed caption, entre as seis da manhã até às duas da madrugada. Esse percentual da programação com closed caption cresce gradativamente até atingir 100%, em 2017. Para as grandes redes, que geram o closed caption há algum tempo, o aumento recente da exigência pouco foi percebido. Mas, para a imensa maioria das emissoras, afiliadas que geram pequena parte do que vai ao ar, acrescentando à programação das redes, a experiência de geração de closed caption está surgindo agora. Durante algumas horas do dia elas são obrigadas a gerar o closed caption na programação local, para completar o total de horas exigidas pela lei. Isso tem obrigado a uma série de mudanças, dependendo da tecnologia que utilizam.

O que existe de mais eficiente no momento é a estenotipia. Através de um teclado simplificado, o operador digita em alta velocidade tudo que escuta da programação que entra no ar. Eletronicamente os caracteres digitados são inseridos na tela, o que inclui as legendas das falas e de outros efeitos sonoros, como músicas, ruídos do ambiente, etc. A questão é que um bom estenotipista precisa praticar durante muitos anos para chegar aos níveis de qualidade máximos. E só pode trabalhar durante algumas horas do dia, devendo revezar com outros operadores do mesmo nível. A rara disponibilidade desses profissionais no mercado torna proibitiva a contratação de uma equipe para atender uma emissora com faturamento regional.

A outra alternativa passa a ser a utilização de softwares para reconhecimento de voz. Os sistemas mais eficientes exigem o cadastramento, em perfis separados, de cada voz que fará transcrições. Uma vez cadastrada, uma voz deve repetir tudo que é falado durante a programação para que o sistema faça a transcrição, a inclusão de outros caracteres e insira nas imagens que vão para o ar. A terceira alternativa são os sistemas que reconhecem qualquer voz e fazem a transcrição diretamente porém, o nível de acerto não atende as especificações de muitos clientes.

As emissoras começaram a viver dias difíceis em função da nova exigência legal. São necessários novos equipamentos, manutenção específica, profissionais com perfil específico e espaço físico para instalar. Sem esquecer que, até junho de 2017, toda a programação deve contar com o closed caption, o que já coloca, desde já, a necessidade de ampliação da estrutura, escala de narradores e outros cuidados técnicos e legais. Foi a partir dessa realidade que uma solução surpreendente foi criada: a prestação integral do serviço remoto.

Quando os engenheiros da EiTV desenvolveram a solução, enfrentaram como principal desafio o delay para recebimento da programação e envio dos caracteres a serem inseridos no closed caption. A dificuldade foi logo superada, a ponto da EiTV ter alcançado o melhor desempenho, em nível nacional, na avaliação para a TV Câmara Federal, em Brasília. A comparação vale entre as concorrentes que utilizavam tecnologia de reconhecimento de voz.

O sistema da EiTV permite que emissoras disponham do serviço, praticamente, de um dia para o outro. Sem precisar adquirir equipamentos, selecionar e treinar profissionais, fazer contratações. A central de closed caption da EiTV faz a conexão com a emissora e entrega o serviço diretamente aos telespectadores. Daqui em diante fica fácil tornar acessível a qualquer cidadão não apenas os filmes de Charles Chaplin, mas também os clássicos de Ingmar Bergman, o Diretor de Cinema que ficou conhecido pelos extensos e detalhados roteiros de seus filmes.

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