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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

PAGAR A CONTA NO PAÍS DO FAZ-DE-CONTA

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“Todos são iguais perante a lei.” Escrever essa frase significa reproduzir um trecho de leis de quase todos os países. No entanto, até hoje, o dito está mais para palavra-de-ordem – aquelas que as multidões clamam nas passeatas – do que propriamente uma lei, efetivamente cumprida. Claro que igualdade não é identidade. Não existem pessoas idênticas. Por isso o bom senso admite algumas exceções nas leis, sem ferir a igualdade. Acontece que, no Brasil, as exceções criaram muitas regras. Em muitos outros países também, mas o mau exemplo nunca serve como desculpa. Por aqui, durante um tempo, até se justificavam certas exceções, mas ainda éramos um país muito mais humilde. Hoje, queremos no papel o selo de país desenvolvido: “-Em desenvolvimento uma ova”. Mas quem paga a conta? Esse Brasil todo, território imenso, é fácil querer, mas difícil cuidar. No passado, alguns expedientes para ampliar os cuidados foram adotados com sucesso. Por exemplo, quem comprava uma linha te

A TOSSE PREOCUPANTE DA INDÚSTRIA DE TI

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Como acontece com a imensa maioria dos atingidos pelo coronavírus – agora batizado oficialmente de covid-19 – a MWC também vai se salvar. Mas neste ano a cidade de Barcelona não vai ter o maior congresso e a maior exposição de tecnologia móvel do mundo, organizado pela GSMA. O Mobile World Congress foi suspenso depois que as grandes empresas anunciaram desistência de suas participações. No entanto, a salvação do MWC está sendo “prescrita” por alguns especialistas. Eles usaram a oportunidade para apresentar suas receitas para futuras edições do evento. A Strand Consult, que publica relatórios anuais, antes e depois do evento, decidiu preencher o vazio deste ano com algumas sugestões. Segundo informações da Telecom Review, com sede nos Emirados Árabes, a consultoria entende que a organização do evento está se envolvendo mais com o lado glamouroso da tecnologia mobile, ao invés de tratar da essência dessa indústria tão abrangente. O relatório da consultoria e

A LEI E OS LADOS

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Ele é o maior garoto propaganda da empresa Huawei e da tecnologia chinesa. Ele é Donald Trump. Desde que insistiu em demonizar a fabricante asiática de sistemas e equipamentos de telecomunicações, o mundo inteiro começou a se perguntar por que Trump estava tão assustado. E o mundo inteiro teve como resposta o fato de que a Huawei tem a melhor tecnologia 5G e que os Estados Unidos não têm uma tecnologia competitiva para um mercado tão estratégico. Fica ainda a impressão de que os americanos seriam tão vulneráveis a ponto de vir a público para pedir ajuda ao enfrentar um concorrente. Durante a semana o presidente do Twitter, ou melhor, o presidente dos Estados Unidos, lançou mais uma acusação contra a Huawei. Nada de novo, a mesma conversa de espionagem e roubo de patentes. A empresa está judicializando todas as acusações, o que significa que côrtes americanas terão de se pronunciar. Possivelmente, não terão como confirmar o que o presidente está dizendo. Tudo isso acontec

LEIS QUE INTOXICAM A TECNOLOGIA

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Um caso típico em que menos é mais. No fechamento de 2019 o conjunto de provedores de pequeno porte (PPPs) somou 9,9 milhões de acessos, contra 9,6 milhões da Claro, a maior operadora individual. A Claro faz parte das quatro grandes provedoras do país – com Vivo, Oi e Tim – no Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), como é tratado oficialmente o mercado de banda larga. O crescimento dos PPPs vem avançando sobre os clientes das grandes provedoras há alguns anos e essa “liderança” já era aguardada. Os motivos são óbvios: os pequenos provedores têm custos muito menores, já operam com fibras ópticas, a melhor tecnologia para acesso a Internet; oferecem serviços da mais alta qualidade, muitas vezes com suporte 24 x 7 e o preço é mais em conta. É o exemplo concreto do, até então, utópico “bom e barato”. Com tantas vantagens, os PPPs atuam diretamente nas melhores áreas, ou seja, locais que concentram várias empresas com alta demanda no fluxo de dados. Pequenos provedores