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O APAGÃO DE CANAIS E O BRILHO DE UMA NOVA LUZ

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Duas empresas americanas, gigantes da comunicação, encerraram nesta semana um duelo no melhor estilo bang bang . As antigas parceiras “foram pra rua”, uma vez que se encararam em público com acusações, uma contra outra. Não chegou a “vias de fato” porque uma delas resolveu baixar a temperatura e propor um acordo. Mas o agito foi grande. De um lado estava a Disney, o maior estúdio de Hollywood. Do outro a Charter Communications que, dentre outros negócios, está entre as três maiores operadoras de TV a cabo dos Estados Unidos. No final do mês passado as plataformas Disney ficaram indisponíveis para 15 milhões de clientes da Charter. Na tela da TV aparecia uma mensagem dizendo “oferecemos à Disney um acordo justo, mas eles exigem um aumento excessivo. O aumento do custo da programação é o maior fator no aumento dos preços da TV a cabo e estamos lutando para manter a linha nas taxas de programação que nos são impostas por empresas como a Disney.” A Disney desmentiu, dizendo que a antiga pa

ENTRETENIMENTO E ALGO MAIS

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A que horas você vai ligar sua TV hoje? Ah, tá. Já vai estar ligada quando você chegar em casa? Hmm... então ao quê você quer assistir hoje? Por maior que seja o número de leitoras e leitores deste artigo, só “traço” não têm respostas para essas perguntas. Assistir à TV é um hábito diário mais frequente do que trabalhar. Que o digam os 8,7% da população economicamente ativa do Brasil que ainda estão desempregados, por exemplo. Aposentados desse lazer também não existem. Tão presente assim em nossas vidas, a TV é um mistério. Ou alguém sabe responder por que ela se entranhou tanto no cotidiano? Essa e várias outras questões bem complicadas foram discutidas ontem no "Seminário TV Câmara 25 anos: O Futuro da Televisão". O último painel do evento teve como tema “Para onde vai a Tecnologia da Televisão”. Na mesa, três dos principais especialistas do Brasil no assunto. Sobre tecnologia, o começo da resposta é fácil: o futuro é a TV 3.0. Um equipamento bem mais sofisticado do que o

O QUE VEM PELA FRENTE NO STREAMING

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A fraqueza das previsões está no fato de que um dia elas vão se deparar com a realidade. Previsões costumam ser narrativas tão espetaculares que até geram paixões. De tal forma que, quando se chega no tempo previsto, tem gente que prefere continuar acreditando na previsão e fecha os olhos para a realidade. Por outro lado, a força das previsões parece estar numa característica humana marcante, a ansiedade. Afinal, quem é que consegue ficar tranquilo ao ver o sol brilhar o dia inteiro, todos os dias, depois de ter semeado o campo? É preciso pelo menos imaginar quando a chuva vai chegar. Desde a implantação da TV digital, há mais de 20 anos, o setor entrou num redemoinho de ansiedade e decorrentes previsões. Esse movimento tragou indústrias adjacentes importantes, como o cinema, a publicidade, os estúdios e até o ambiente da Internet. Nesse período, a maior transformação de todas foi o surgimento do streaming, que nunca apareceu em nenhuma das previsões, mesmo as mais gabaritadas. O fenôm

A GUERRA CONTRA A PIRATARIA AVANÇA FRONTEIRAS

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    -O que é, o que é: uma das 5 big techs cujo nome começa com “G”? Foi com essa “discrição” que Moisés Moreira, conselheiro da Anatel, acusou o Google de não colaborar no combate à pirataria audiovisual no Brasil. Literalmente ele disse em público: "Existem gigantes que não vou falar o nome – uma delas começa com G – que a gente tem notificado. Eu já determinei prazo de uma semana para que elas se manifestem e não havendo isso, vamos escalar o enforcement, cabendo até judicialização pela agência. Não tem mais o que esperar, então vamos ser mais rigorosos". A afirmação foi nesta semana em um debate no PAY TV Fórum, evento organizado pelos sites Teletime e TelaViva. Nos últimos 3 anos o combate à pirataria de conteúdos tem sido um dos principais focos da fiscalização da Anatel. É que o uso desses conteúdos sem autorização acontece ou pelos “gatos” nas redes de TV a cabo ou pela Intern et. Neste último caso a fiscalização cabe à Anatel. A agência já apreendeu e destruiu dezena

É ALI ONDE VOCÊ SE REVELA

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O streaming de vídeo pode ter sido o assunto mais abordado pelos corredores da SET Expo 2023. O evento, que leva o nome da Sociedade de Engenharia de Televisão, é o maior na América Latina relacionado a mídias, entretenimento e TV. A edição deste ano, encerrada ontem, trouxe de volta um vigor só comparável com os tempos pré-pandemia. É surpreendente – ou sintomático – que o evento técnico mais relacionado à TV do país esteja se tornando “o evento do streaming ”. Há décadas era uma oportunidade de conhecer novos modelos de televisores, câmeras, iluminação, gruas. Hoje também tem tudo isso. Porém, todos fortemente relacionados às demandas do streaming . Ficou parecendo que a criação de conteúdo em vídeo é toda pensada para o streaming . Os tradicionais geradores desse conteúdo como emissoras de televisão, produtoras de comerciais, canais de TV por assinatura, dentre outros, estão se envolvendo num esforço sem tamanho para tentar entender como atender uma demanda tão grande e tão ávida.

BIG TECHS ROMPEM SILÊNCIO E CONTESTAM ANATEL

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Nem público, nem privado. O que se pretende implantar agora é um novo sistema de gestão apelidado de fair share (algo como “compartilhamento justo”). Esse sistema faria com que determinado segmento de negócios operasse sem riscos típicos do setor privado, ao mesmo tempo que contaria com vantagens do setor público. Teria até “contribuintes” próprios. Nesta semana essa polêmica levou às alturas o embate entre as chamadas big techs e as big teles – as grandes operadoras de telefonia – que querem implantar o fair share no Brasil. O fair share é o nome dado pelas operadoras de telefonia para o sistema onde os grandes usuários da Internet passariam a pagar um valor a mais pela conexão. As operadoras argumentam que uma big tech como a Netflix, por exemplo, congestiona o tráfego da rede para entregar filmes e séries. Mais de metade do tráfego da Internet fica por conta, além da Netflix, de gigantes como Facebook, Amazon, Disney, Apple, WhatsApp, Tik Tok, LinkedIn, ... Pelo novo sistema t

AS NOVAS RÉGUAS SE MULTIPLICANDO

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Quando alguém está medindo alguma coisa é porque ali alguma coisa deve mudar. Em outras palavras, quer dizer que alguém está querendo fazer acontecer algo diferente por ali. Tanto isso é verdade que, quando se vê alguém medindo isso ou aquilo, a curiosidade é imensa. Principalmente se o tipo de medida é diferente. As métricas escolhidas dizem muito a respeito do que pode acontecer logo depois. E fica mais interessante quando as métricas vêm combinadas, para obter outras medidas. Por exemplo, combinando quilômetros (espaço) com hora (tempo), mede-se uma coisa diferente, que é a velocidade. E como é que faz quando precisa medir vídeo? Tem medidas novas chegando aí! Até quantidade de piscadas de olho durante a exibição de vídeo são registradas. Também os rápidos desvios da visão do telespectador, para este ou aquele canto da tela, ou para fora dela. Cada movimento importa na hora de avaliar como se consome o principal lazer do planeta. Esses testes são realizados com pessoas convidadas em