GUERRA OU PAZ EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS




Nem guerra nuclear, nem invasão de extraterrestres. Tem muito dos cenários de ficção nesses dias, nas maiores cidades brasileiras. O que vem da Europa, da Ásia, é mais surpreendente ainda. Mas a pior catástrofe está mesmo na cabeça de muitas pessoas, assustadas demais com a pandemia do coronavírus.

Em situações de perigo iminente, tranquilidade é o mais importante. Quem não acredita nisso deveria prestar mais atenção nos lutadores, quando entram num octógono do UFC. São exercícios de relaxamento. Pescoço, braços, pernas, tudo balançando desordenadamente, até relaxar ao máximo. Bem ali, a alguns passos do adversário, que só quer destrui-lo (e que também faz relaxamentos). Se tranquilidade não ajuda na hora do perigo, alguém precisa avisar os lutadores.

Claro que só relaxar não resolve, é preciso enfrentar o perigo com as melhores técnicas. A questão é que uma coisa não acontece sem a outra. Grandes desafios, daqueles que já começam no limite, exigem uma combinação ideal de tranquilidade com ações conscientes, eficazes. Alguns chefes de estado veem na pandemia uma guerra. De Trump a Macron, passando por Bolsonaro, muitos adotaram o discurso belicista. Talvez não seja adequado, é uma situação natural que, de certa forma, sabíamos que poderia acontecer. Bill Gates chamou a atenção para o risco em 2015. Dizia ter mais medo de um vírus do que da guerra nuclear. Vírus nunca passa pela diplomacia, a não ser quando infecta embaixadores. Depois de o bilionário sentir a pobreza, em ações humanitárias, deve ter visto muito mais condições para multiplicar vírus, do que armas.

Alguns sinais dos novos tempos aparecem onde menos se espera. Os serviços de infraestrutura básica, que já foram sinônimo de água e energia, agora inclui as TICs – Tecnologias de Informática e Comunicações. Aqui no Brasil, há 50 anos, tudo estava sob o domínio do estado que, diante de uma pandemia, poderia deixar as contas para as empresas pagarem bem depois. A reivindicação dos clientes desses serviços se confirma mais ou menos a mesma, com a diferença de que agora os fornecedores também são empresas privadas.

De acordo com o site Teletime o clima ficou tenso entre a Anatel, a agência reguladora do setor, e as grandes operadoras, em reunião realizada na última quarta-feira. Houve comentários de que as pequenas empresas de telecomunicações teriam até demonstrado maior boa vontade. Ao final, a definição de como será tratada essa questão, ficou para mais tarde. Em situações extremas, como essa, onde todos devem perder, não dá nem para desconfiar de que alguém vai ser favorecido. A vida fica tão real quanto pode ser, e a esperteza não encontra saídas.

É bom que estejamos bem atentos a essas lições, uma vez que, por enquanto, nada indica que isso não se repetirá. O mundo é um ecossistema que não foi feito para tantas conexões, de tantos tipos, tão diferentes. Precisa descobrir quais são as compensações naturais para tudo que se inventou. A boa notícia é que essas compensações parecem ser possíveis.

A pandemia do coronavírus aparece num momento em que a tecnologia oferece muitas alternativas. Por exemplo, o trabalho em casa, que muitos já estão adotando. As alternativas de entregas, o sequenciamento genético para obtenção de vacinas e outros medicamentos. Além de muitas outras alternativas que a maioria das pessoas nem conhece.

A plataforma EiTV CLOUD, por exemplo, oferece uma alternativa imediata para escolas. Transmissão de aulas, interação por chat, envio de conteúdos e atividades para os alunos, aplicação de provas, toda a atenção escolar automatizada, individual e para classes. Liga remotamente toda a escola com todos os alunos, via tablet, celular, notebook. E a alternativa é imediata porque todos esses recursos estão prontos e em operação. Qualquer escola pode escolher os recursos que quiser e montar seu próprio sistema EAD, pagando apenas pelo volume de dados que movimentar. Todas as interfaces são personalizadas e novos recursos podem ser encomendados.

Cerca de 40% dos alunos presenciais do mundo já estão estudando remotamente. A grande maioria não conta com esse tipo de tecnologia. Sabem que vão precisar de um esforço enorme para aprender, sem ameaçar a própria sobrevivência. No entanto, os que passarem a dispor dessas tecnologias, podem descobrir um ambiente de aprendizado melhor do que a própria sala de aula. Contrastes que precisam ser eliminados com o tempo, por uma questão de justiça. Principalmente porque os custos desses sistemas são altamente compensadores e tendem a reduzir mais ainda com o tempo.

A tecnologia, que nos primórdios da humanidade surgiu para defesa – e ataque – nesses tempos tem um compromisso com a paz. Mais do que isso, talvez seja indispensável para que alcancemos um futuro mais fraterno.

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