A DISTÂNCIA DO CONTEÚDO


Houve um tempo em que a televisão era uma caixa totalmente fechada. O que aparecia na tela era enviado por um número limitado de emissoras, sobre as quais o telespectador não tinha nenhuma interferência direta. O conteúdo era inviolável. Depois de ligar o aparelho, o máximo que você poderia fazer era escolher um, entre meia dúzia de canais.

Uma realidade que criou situações inusitadas. O tio e a tia chegaram de viagem do Exterior e trouxeram de lá muitos slides. A sala toda desarrumada pra montar o projetor e a gente achava o máximo do automático aquelas trocas das imagens, sem que ninguém precisasse colocar as mãos. Quando era coisa muito importante mesmo, vinha gravado em super-8. O projetor parecia uma tecnologia tão espetacular para o ambiente que, depois do primeiro filme, olhava-se mais para a máquina do que para a tela - normalmente improvisada num lençol da casa.

Veio a TV a cabo, a programação "lacrada" da TV foi ficando mais democrática, até que chegou o vídeo cassete e compartilhou aquela tela quase sagrada com a programação doméstica, o vídeo do casamento, do aniversário do netinho, da viagem dos tios. Um longo salto tecnológico, num curto espaço de tempo, e chegam as smartTVs. Mais do que isso, chegaram as "caixas" e OTTs, que criaram a "TV não linear". É a TV que não segue uma linha de programação, ela exibe o que você escolhe. Hoje, os serviços OTT, como a Netflix, representam a maior ameaça contra as grandes distribuidoras de sinal a cabo. Pode ser o fim!


SIMPLICIDADE É O SEGREDO


A denominação OTT pode parecer narcisista: "Over The Top", sobre o topo, numa tradução livre. Mas, eletronicamente, alguns engenheiros entendem que o significado é bem o contrário. Porque faz referência a um sinal que não exige qualquer aplicação, vai direto da Internet para a exibição ou para o arquivo onde se quer armazenar. Se passa sobre o topo ou por baixo, tanto faz, a questão é que o acesso é direto à fonte do conteúdo, sem exigir aplicação específica.

Essa simplicidade era exatamente o que Apple, Roku, Amazon, Google e algumas outras buscam com as suas "caixas", na verdade, os set-top boxes que estão vendendo no mercado, para rodar streamings de vídeo. Nos países ricos, onde os telespectadores são escravos das grandes operadoras de TV a cabo, as caixas já representam um grito de liberdade. Mas os sistemas OTT, usando simplesmente o streaming da Internet, levaram a simplicidade de conexão e operação ao limite.


SOLUÇÃO BRASILEIRA


O Brasil já teve uma onda de TV a cabo que refluiu. Agora uma nova onda está aparecendo, na cola das novas tecnologias de TV e dos novos hábitos sociais. Mas ainda somos o maior país do mundo onde a TV aberta domina. E é justamente por causa dessas peculiaridades brasileiras que a EiTV desenvolveu um equipamento sob medida: a EiTV smartBox, a caixa inteligente. Uma solução que deve permanecer por um bom tempo, porque atende várias tendências num mesmo equipamento.

A smartBox é capaz de sintonizar todos os canais digitais com perfeição de detalhes e ainda tem um portal OTT exclusivo, incluindo vídeos e aplicativos de jogos e serviços. Tem até uma especificidade profissional, voltada para desenvolvedores Ginga. Ele permite que aplicativos Ginga, para os mais diversos usos, sejam desenvolvidos e testados, utilizando unicamente uma TV comum conectada à smartBox.

A distância entre o gerador de qualquer conteúdo e uma tela de TV não existe mais para a EiTV. As possibilidades digitais já mostraram o que podem e agora estão a desafiar os produtores de conteúdo, os profissionais de mídia, de treinamento, marketing e até os de saúde, de construção. Agora as verdadeiras "antenas", que captam qualquer conteúdo, são os especialistas em TV digital. Tudo pode passar pela TV, desde que você procure o profissional certo para desenvolver as formas de divulgar seu conteúdo.

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